Explorando o lado oculto da lua: A missão Chang’e 6 da China
A China está se preparando para uma missão lunar inovadora. Em 2024, a nação planeja lançar a Chang’e 6, uma missão destinada a pousar e coletar amostras de uma região intrigante do lado oculto da Lua.
Planejamento Cuidadoso para uma Missão Lunar
Segundo o jornal oficial do Partido Comunista, o China Daily, a Administração Espacial da China informou que o projeto tem progredido sem problemas e foi meticulosamente planejado.
A missão consistirá em vários componentes, incluindo uma nave que ficará em órbita, um módulo lunar que pousará na Bacia do Polo Sul-Aitken, um elevador e um módulo de reentrada.
Lançamento do Satélite Retransmissor Queqiao 2
Um dos principais desenvolvimentos desta missão será o lançamento do satélite retransmissor Queqiao 2, previsto para a primeira metade de 2024. Este satélite facilitará a comunicação entre a sonda Chang’e 6 e a Terra, garantindo uma transmissão eficiente de dados.
Primeira Coleta de Amostras do Lado Oculto da Lua
Se a missão for bem-sucedida, esta será a primeira vez que amostras serão obtidas do lado oculto da Lua. Isso poderá revelar informações valiosas sobre a história do satélite.
Além de sua importância científica, o Chang’e 6 transportará na nave e no módulo lunar uma carga internacional que inclui 10 quilos de equipamentos estrangeiros. A França, a Itália e a Agência Espacial Europeia contribuirão com instrumentos científicos, enquanto o Paquistão fornecerá carga útil.
O Programa Chang’e e Suas Conquistas
O programa Chang’e, em homenagem a uma deusa que segundo as lendas chinesas vive na Lua, começou com o lançamento de uma primeira sonda em 2007. A mais recente sonda lunar chinesa, Chang’e 5, viajou até ao satélite em 2020, onde recolheu 1.731 gramas de amostras de solo.
O anúncio da Chang’e 6 surgiu depois do Festival do Bolo Lunar, festejado na noite de sexta-feira. Durante este festival, os chineses tradicionalmente saem à rua com lanternas para ajudar a deusa Chang’e a reencontrar o marido.
Nos últimos anos, o programa espacial chinês alcançou vários sucessos. Entre eles estão pousar a sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua – um feito inédito – e colocar uma sonda em Marte. Com isso, a China tornou-se o terceiro país – depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética – a fazê-lo.
A China também concluiu no ano passado uma estação espacial permanente. Isso culminou mais de uma década de esforços para manter presença constante de tripulantes em órbita.