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Google enfrenta condenação milionária por discriminação de gênero: Caso Ulku Rowe revela disparidades salariais e retaliação

No cenário jurídico recente, o Google enfrenta uma condenação milionária por discriminação de gênero, após a diretora do Google Cloud, Ulku Rowe, abrir um processo em setembro do ano passado. O caso expõe alegações de disparidades salariais entre Rowe e colegas masculinos que desempenham funções semelhantes.

Contratação Inequitativa e Discriminação Salarial

Ulku Rowe, com 23 anos de experiência em serviços financeiros e tecnologia, alega ter sido contratada em 2017 para um cargo de menor nível e remuneração em comparação a homens com menos experiência em funções semelhantes. Enquanto sua contraparte masculina, com supostamente menos experiência, foi admitida em um nível mais alto (nível nove), Rowe, apesar da vasta experiência, foi designada ao nível oito, resultando em uma disparidade salarial de aproximadamente 25%.

Retaliação Após Denúncia

A situação se agravou quando Rowe denunciou a discriminação. Ela afirma ter sido preterida em uma promoção em favor de um colega do sexo oposto menos qualificado, como retaliação à denúncia. Essa alegação de retaliação intensificou a controvérsia em torno do tratamento desigual no ambiente de trabalho.

Veredito do Júri e Indenização Milionária

Recentemente, um júri em Nova York decidiu a favor de Rowe, condenando o Google a pagar US$1,15 milhão por danos punitivos e sofrimento causado. Embora o júri não tenha considerado violação da lei de igualdade salarial do estado, o veredito enfatiza a existência de discriminação e envia uma mensagem clara de que tais práticas não serão toleradas.

Cara Greene, principal advogada de Ulku Rowe, destacou: “Este veredicto unânime não apenas valida as alegações da Sra. Rowe de discriminação pelo Google, como também envia uma mensagem retumbante de que a discriminação e a retaliação não serão toleradas no local de trabalho.”

Histórico de Desafios no Google

Este caso ocorre quase cinco anos após cerca de 20 mil funcionários do Google organizarem uma greve para protestar contra má conduta sexual e discriminação. Apesar das promessas de melhorias, o Google continua enfrentando desafios no que diz respeito ao preconceito de gênero, como evidenciado pelo processo de Rowe.

De acordo com a Bloomberg Law, o caso de Rowe é o primeiro desse tipo enfrentado pelo Google desde a paralisação de 2018, indicando que as questões de gênero persistem na empresa.

Posicionamento do Google

Em resposta, Courtenay Mencini, porta-voz do Google, afirmou que “a justiça é absolutamente crítica para nós” e reiterou a crença da empresa na equidade de seus processos de nivelamento e compensação. A porta-voz enfatizou que o júri concluiu que a empresa não violou a lei de Nova York, sustentando a posição do Google.

No entanto, a multinacional discorda da condenação, declarando: “Discordamos da conclusão do júri de que a senhora Rowe foi discriminada por causa de seu gênero ou que foi retaliada por levantar preocupações sobre seu salário, nível e gênero.”

Conclusão

O caso de Ulku Rowe destaca a importância contínua da igualdade de gênero no ambiente de trabalho e coloca o Google sob escrutínio, evidenciando desafios persistentes no combate à discriminação. A condenação milionária ressalta a necessidade de as empresas abordarem questões de disparidade salarial e retaliação, reforçando a importância de um ambiente de trabalho justo e equitativo.

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